quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Eis os meus álbuns eleitos os melhores de 2009 ;


1- Dirty Projectors “Bitte Orca”
2- Elvis Perkins “Elvis Perkins in Dearland”
3- Ebony Bones “Bone of my Bones”
4- Neko Case “Middle Cyclone”
5- Sonic Youth “The Eternal”
6- The Raveonettes “In and Out of Control”
7- Mos Def “The Ecstatic”
8- The Strange Boys “The strange boys and girls Club”
9- Bob Dylan “Together Trough Life”
10- Howling Bells “Radio Wars”
11- Bat For Lashes “Two Suns”
12- Florence & The Machine “Lungs”
13- Andrew Bird “Noble Beast”
14- Yeah Yeah Yeah’s “It’s a Blitz!”
15- Arctic Monkeys “Humbug”
16- Animal Collective “Merriweather Post Pavilion”
17- The XX “XX”
18- Manic Street Preachers “Journal for plague Lovers”
19- The Horrors “Primary Colours”
20- White Lies “To lose my life”

Foi dificíl escolher, mas ao longo do ano foram estes os discos que mais ouvi.

E a melhor prenda deste Natal foi…

Isto é o fim… Janeiro de 1970: os Doors dão aqueles que se tornariam os últimos concertos em Nova Iorque com Jim Morrison.
Quarenta anos depois, tudo isto dá em 6 cd’s.


Esta história começa um pouco antes. Depois de actuarem no famoso Madison Square Garden, no início de 1969 (alguns meses antes da edição de The Soft Parade), os Doors escolheram o adjacente Felt Forum (com as minhas pesquisas actualmente é WaMu Theatre) para estrear Morrison Hotel. Uma dos comentários que o teclista Ray Manzarek fez antes das actuaçãoes em Nova Iorque e que talvez na minha opinião marca todo o enredo desta actuação, “temos quatro concertos para dar, dois sets amanhã. Vamos tocar o que quisermos!”, foi o anúncio para um verdadeiro registo histórico da banda.
A 17 de Janeiro, os Doors davam dois concertos (um “early gig” e um “late gig”), repetiam a dose no dia seguinte. Gravado, misturado e produzido por Bruce Botnick, colaborador de longa data da banda (e responsável principal pelo trabalho minucioso da impotente caixa Perception), Live In New York reproduz as quatro actuações pela sua ordem original, acumulando em 6 cd’s um número de interpretações que se aproxima das nove dezenas.
Encontro aqui uns Doors com vontade de mudança, a sair de The Soft Parade (o criticado álbum “sinfónico”), com sede de provar que as raízes blues-rock não estavam apodrecidas, a tentar erguer a cabeça acima do nível da ruína – o último disco gerara dívidas; Jim Morrison entregara a sua alma ao whisky.
Morrison Hotel tratava, pouco depois, de recolocar os Doors no rumo do “bom rock duro e diabólico” (escrevia a Circus Magazine) graças ao “disco com mais tomates (e o melhor) dos Doors até agora” (palavras da influente Creem Records), berço de portentos como “Roadhouse Blues” ou “Peace Frog”.
Mas apenas duas semanas antes do lançamento do quinto LP, os Doors não sabiam o que esperar. À distância de 40 anos – e conhecendo o infeliz epílogo de Morrison cerca de dezoito meses depois destes concertos – é difícil falar em sucesso. Mas o que importa registar são as interpretações vibrantes, quase sempre cristalinas na captação de som (Botnick sabe o faz) e com um apetite enciclopédico que já não usa: está aqui praticamente tudo o que importa ouvir dos Doors, mas – não surpreendentemente – apenas uma canção de The Soft Parade (“Wild Child”, jam-blues dos velhos tempos). Para a memória futura ;))
Gonçalo

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Bob Dylan- Christmas in the Heart

Deveria ser "Feliz Hanucá, Senhor Zimmerman", mas Dylan levou a carreira a trocar as voltas a quem sobre ele construi expectativas: guitarra eléctrica em Newport, tentativa de evangelização cristã de Jerry Wexler nas gravações de Slow Train Coming... Por isso, este álbum de canções de Natal nem sequer é surpresa. Dylan recorda a magia da rádio de uma época em que o velho receptor a válvulas lá de casa era um portal para outra realidade.

Os arranjos são respeitadores das canções escolhidas, há coros afinados e até "Litlle Drummer Boy", que Bing Crosby - cujo espírito ilumina Dylan neste projecto - cantou ao lado de Bowie, verdadeiro standard capaz de fazer choramingar.

Este álbum na minha opinião, está muito bem concretizado pela produção de Dylan, dá para ouvir várias vezes e evitando assim algum cansaço, é um álbum de Natal bem diferente daqueles que estou habituado a ouvir, acaba por ser um disco bastante nobre: os lucros são dirigidos para caridade.

Gonçalo

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

De Emerald City para o mundo, os Nirvana deixaram em 1989 um documento de vital importância para perceber as movimentações do underground. E algo mais.

Parece que foi ontem que o grunge, chegado da industrial Seatle, se instalou de armas e bagagens no virar da esquina para os anos 90, erguendo-se do underground para provocar o mainstream e criar um abanão que se sentiu no rock um pouco por todo mundo. Falar dessa época sem falar dos Nirvana é, grosso modo, uma barbaridade. E falar dos Nirvana sem falar de Bleach, o disco que ainda em 1989 lançou as bases de um dos episódios mais marcantes na música das últimas décadas, uma atrocidade ainda maior.
O cheiro da juventude queimada, de uma geração desiludida (mais uma vez), o som proveniente do tédio e do aborreciemento. Parece que foi ontem, mas foi há 20 anos. Tanta coisa mudou entretanto e mesmo assim ainda é possível ouvir fúria e o inconformismo na voz, nas palavras e na guitarra de Kurt Cobain, que de herói havia de virar mártir. Bleach não é apenas o ADN dos Nirvana mas sim a frente da batalha, é um daqueles discos raros que define o local e o tempo com uma precisão exacta, que tem uma dimensão extra-musical.
Canções como “School” e “Negative Creep” desenharam um cruzamento alimentado pelo punk rock e pelo heavy metal, foi assim que muita gente ficou a pensar quando ouviu o albúm pela primeira vez, algo que nunca se esperaria ouvir-se.
Gravado em apenas alguns dias por uma bagatela (600 dólares diz a lenda), Bleach não se tornou icónico logo ali, foi preciso chegar Nevermind dois anos depois para que, em retrospectiva, fosse possível descobrir um disco que lançou as sementes não só para o grunge como para os próprios Nirvana.
Hoje, 20 anos depois do parto, Bleach soa exactamente como devia soar: como um retrato possível de uma geração (de bandas, de anónimos) que encontrou em Kurt Cobain o seu porta-voz.


Gonçalo

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009



Rat Attack- Painkiller (Take The Risk Records)

Taking influences from Outbreak or Bad Brains with the whole lockin out harder edge, Rat Attack are the new Portugueses combo sharing members with Devil In Me and Broken Distance. Songs are short, raw and full of mosh parts, nothing that original but hard and tight as hardcore should be. Rat Attack's flow and raw energy is better witnessed live.

Gonçalo

Black Friday 29- The pursuit of hapiness (Blacktop Records/Dead and Gone Records)


One of the longest running European bands, new record, their 6th records it's not easy. The other six don't feel like fillers, but it's hard to do a record with 12 songs and make it fresh interesting and not sounding the same after while!
"Ghosts" and "The pursuit of hapiness" are the best ones! You're into judge? Cro-Mags? Moshable oldschool? Screaming chorus on the top of your lungs while on top of people heads? BF29 were made for you!

Gonçalo

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

So... xTTx (hardcore straight edge band) in last Monday, entered the studios Sá da Bandeira in Porto to record four new songs, this is our second demo of originals we do. In this demo, we write new songs deal with themes related to the hardcore scene, environmental protection, our attitudes and animal protection, playing youth crew with our influences from Carry On; Blue Monday; Champion; The First Step...

Playlist:
1-Network
2-The Challenge
3-Wrong side
4-We won't foggert


A big thanks to Rita for the pics she take and Pedro Maluco.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

I woke up today with this music. It made me remember my days when I imitated my favorite musicians, the shape of the hair was more complicated, was not always easy. Manic Street Preachers (often referred to as the Manics) are an alternative rock band from Blackwood, Wales, formed in 1986. They are James Dean Bradfield (vocals, guitars), Nicky Wire (bass, occasional vocals) and Sean Moore (drums, backing vocals, occasional trumpet). The band were originally a quartet: lyricist and rhythm guitarist Richey Edwards vanished mysteriously on 1 February 1995. In November 2008, 13 years after his disappearance, he was officially declared presumed deceased.

In memory of Richey Edwards

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009


There's a small space here for me?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Magnolia

Thanks to Paulinhoxxx Lisbon 28/11/09